Imprimir Resumo


Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 623-1

623-1

EFETIVIDADE DE ÁCIDOS ORGÂNICOS EM RAÇÃO CONTAMINADA COM ASPERGILLUS FLAVUS

Autores:
Magali Soares dos Santos Pozza (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Rogerio Aleson Dias Bezerra (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Paulo Cesar Pozza (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Thaina Blasques Silva (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Gabriel Araujo (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Julia Silva Souza (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Maria Eduarda Ratão (UEM - Universidade Estadual de Maringá)

Resumo:
Os consumidores estão cada vez mais exigentes com a qualidade e a sanidade dos alimentos. A presença de micotoxinas na dieta é um grande risco a saúde humana e animal. Os bolores micotoxigênicos das espécies de Aspergillus flavus são responsáveis pela produção de aflatoxina. Medidas para reduzir ou impedir a produção dessas toxinas se fazem necessárias, devido a toxicidade e a resistência a tratamentos físicos e químicos. Objetivou-se avaliar a atividade antifúngica de ácidos orgânicos em ração animal experimentalmente contaminada com Aspergillus flavus. O experimento foi realizado na Fazenda Experimental Iguatemi (FEI/UEM). A cepa utilizada no experimento foi Aspergillus flavus (ACFV), a mesma foi reativada em placas de Petri contendo meio Agar Saboraud e realizada a técnica de estria por esgotamento, as placas foram incubadas a 25 °C por 7 dias em estufa BOD. Após o período de incubação foram realizadas suspensões de esporos e efetuada a contagem na câmara de Neubauer, até a obtenção da padronização do inoculo de 5,0 x 106 esporos.ml-1. O experimento foi em esquema fatorial 6x4, sendo 6 tratamentos e 4 períodos de avaliação. Os tratamentos utilizados foram: Tratamento 1: ração para suínos controle- sem anti-fúngico (CN); Tratamento 2: produto comercial contendo Ácido Propiônico 2.000g/tonelada (AP), Tratamento 3: ácido propiônico (AP) dosagem 4.000g/tonelada, Tratamento 4: Blend de ácidos (BA): Ácido Propiônico, ácido tartárico, ácido cítrico, ácido fórmico, ácido sórbico e ácido lático 2.000g/tonelada, Tratamento 5: Blend de ácidos (BA) dosagem 4.000g/tonelada, Tratamento 6: ração controle, inoculada com fungo (CP). Foi preparado 300 kg de ração. Para a análise microbiológica, foram pesados 10 g da amostra que foi diluída em 90 mL de peptona 0,1% (Himedia®) a partir dessa dissolução (diluição 101) foram realizadas diluições seriadas (1:10) até 10-6 . Após foi realizada semeadura por spread plate em placas de Petri contendo ágar BDA, em triplicatas e incubadas a 25ºC por 7 dias. A leitura foi realizada pela contagem de colônias expressas em UFC/g aos 0, 3, 5 e 7 dias. Não houve efeito para tratamento (P=0,26433) e tempo (P=0,10446) sendo a interação Tratamento x Tempo significativa (p < 0,05). A ração controle contaminada com fungo apresentou maior valores em delta (log10) ao longo do período de armazenamento (0,86) quando comparado as demais, sendo obtidos os valores de 0,44; 0,09; 0,14; 0,35 e 0,30 respectivamente, para os tratamentos 1 ao 5. As contagens (log 10) aos 7 dias de armazenamento foram 4,37; 4,51; 4,32; 4,20; 4,06; 4,54, respectivamente 1 ao 6. Ambos produtos testados foram efetivos em reduzir o crescimento fúngico na ração. O produto contendo somente ácido propiônico na sua formulação e na menor concentração proporcionou menores contagens microbiológicas.

Palavras-chave:
 anti-microbianos, micotoxinas, microbiologia de ração, vida de prateleira